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em cartaz

O nome do bebê

de Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière

 

Sinopse

Vicente e sua esposa, que esperam seu primeiro filho, são convidados pela irmá dele e o seu cunhado para um jantar. Quando o pai de primeira viagem revela o nome de seu filho, conflitos são levantados, levando a revelações que mudarão as relações entre todos. Uma comédia contundente.

nomes sob suspeita

Diferença, estranhamento, tolerância, eis uma parte do vocabulário próprio às zonas de tensão entre visões incompatíveis de mundo. Mais do que tolerar, no entanto, o exercício da alteridade envolve reconhecer o outro em suas características e posturas - desde que elas não se sobreponham às dos demais, a ponto de negá-las. Tais considerações denotam preocupação com a vida coletiva, com o foco orientado para o vislumbre de uma sociedade mais plural e justa. Elas adquirem relevo especial no âmbito artístico-cultural, sobretudo quando a ficcionalidade trabalhada pela arte permite indagar os limites da convivência com quem é diferente, mediante especulações poéticas baseadas em situações, não raro.


desafiadoras das convicções.


O nome do bebê, peça escrita pelos autores franceses Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patelière, ora encenada sob a direção de Elias Andreato, se revela um dispositivo propício a esse tipo de cogitação. Na trama, a alegria de um casal com o iminente nascimento do filho é desarranjada pela revelação que fazem do nome escolhido para a cria. Despropositada, a opção é responsável por deflagrar toda a sorte de reações acusatórias entre os personagens, do mesmo modo que desperta, de parte a parte, memórias e ressentimentos cheios de contradições e preconceitos. O que sobrevém de conflito artificiosamente exposto no palco são as camadas mais insondáveis da condição humana, com suas suscetibilidades e agressividades.


Convocando o espectador a suspender certezas e a encarar aspectos desconfortáveis da existência, o espetáculo desbanca a chamada cultura da tolerância, desconfiando de sua capa de complacência e demonstrando quão estreitos são os seus limites, Ao apostar no trato bem-humorado de controvérsias emergidas do terreno movediço das relações interpessoais, o Sesc reitera sua disposição em instigar os públicos a revisitarem suas próprias perspectivas, mantendo no horizonte o reconhecimento e a abertura ao outro, com a capacidade que a alteridade tem de retirar o ego de seu lugar cativo.


Danilo Santos de Miranda
Diretor do Sesc São Paulo

um espelho das nossas relações

Antes de produzir um espetáculo teatral nos perguntamos o porquê daquela história ser
"colocada no mundo" Criar do zero uma peça de teatro demanda muito esforço e envolvimento, e o retorno é sempre incerto.
Em tempos cada vez mais violentos e agressivos, a comédia o nome do bebê, é um espelho contundente das nossas relações com as pessoas com quem convivemos. O espetáculo escancara a nossa dificuldade de comunicação, escuta e a falta de transparência como seres individualistas que somos.
Com humor inteligente, a montagem mostra como a polarização do pensamento, a falta de escuta e de acolhimento podem fazer ruir mesmo as relações mais intimas.
Nesse sentido é um privilégio trabalhar com Elias Andreato, um encenador que tem um olhar sensível sobre o ser humano e que sabe que, na arte, o mais complexo é fazer o simples.


Baccan Produções e Kavaná Produções

 

o teatro que virou filme e que é teatro

Um jantar em família. Vicente vai ser pai pela primeira vez. Radiante, elo é convidado pela irmã e o cunhado para jantar, em companhia de sua esposa e de um amigo de infância.


O cinema, com mais possibilidades e tecnologias, já fez isso e muito bem, contando com humor essa história familiar tão conhecida de todos nós.


Sem dar spoiler, centramos nossa montagem, desenhando as personagens com a profundidade que os autores Matthieu Delaparte e Alexandre de la Patellière criaram. A tradução de Clara Carvalho, que também é uma excelente atriz, valorizou as ironias e sarcasmos que os personagens, nessa arena doméstica, se enfrentam utilizando suas armas que como chispas, passeiam entre a sala de estar e a mesa do jantar improvisado.


Nosso olhar percorre a crueldade e o fascínio que essas relações, tão conhecidas do nosso cotidiano, nos remetem às lembranças pueris e medonhas e guardamos para sempre. E Impossível não nos identificarmos com os personagens, e com a situação criada pelo autor de forma tão realista e explosiva.
Quando o teatro provoca e nos inquieta, propondo um jogo teatral absolutamente verdadeiro, é por que ele está vivo, podendo ser violenta e muito divertido. O hamem é o único animal que ri diante do inferno que são os outras. Humor não se explica, mas a crueldade sempre nos incomoda. A nossa comédia certamente deixará o espectador feliz, mas ele terá que rir de si mesmo.


Elias Andreato
Diretor

Ficha Técnica

Texto: Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière

Tradução: Clara Carvalho Direção: Elias Andreato Assistente de Direção e Stand In: Mariana Loureiro

 

Elenco: Bianca Bin - Elizabete (Babú)

Cesar Baccan - Pierre

Eduardo Pelizzari - Vicente

Lilian Regina - Anna

Marcelo Ullmann - Claude

Desenho de Luz: Wagner Pinto

Figurino: Anne Cerutti

Assistente de Figurino: Luiza Spolti

Cenografia: Rebeca Oliveira

Cenotécnico: Evas Carreteiro

Equipe Cenotécnica: Alexandre Zimbarde, Roberio Araujo Barbosa, Sergio Sasso, Sergio Murilo

Assistente de Objetos: Mikaella Rodrigues

Trilha Sonora: Elias Andreato

Operadores de Luz: Guilherme Orro

Operador de Som: Eder Sousa

Fotos: Ronaldo Gutierrez e Karina Martins

Designer: Rafael Oliveira

Promotora da Reestreia: Morente Forte

Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes

Assistente de Produção: Rebeca Oliveira

Relações Públicas: Cynthia Rabinovitz

Coordenação de Comercialização para Grupos: Selene Marinho

Produtor Executivo: Marcelo Ullmann

Diretor de Produção: Cesar Baccan

Produção e Realização: Baccan Produções e Kavaná Produções

Agradecimentos

Clara Carvalho, Luque Daltrozo Mel Lisboa, Naruna Costa e Rogério Brito

Serviços

O Nome do Bebê, de Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière

Local: Teatro Faap - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo -SP, 01242-902

Temporada: 12 de janeiro a 3 de março. Sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. 

Ingressos: R$ 80 às sextas e sábados e R$ 100 aos domingos. 

Vendas: https://teatrofaap.showare.com.br/Default.aspx?EVENTID=182&trk_eventId=182

Classificação: 12 anos. 

Duração: 90 minutos

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